segunda-feira, 16 de março de 2015

Escorreu por entre os dedos...

         Quando a crise d'água "chegou" (pois a situação não ficou assim de repente) em São Paulo, eu me perguntei e perguntei para várias pessoas:
         - Como assim a água está acabando?! Pelo menos metade do mundo (ou mais) é água! 75% do nosso corpo é composto por H2O!
         Depois de um tempo entendi melhor o assunto, mas para mim, a situação ainda é catastrófica. E com tudo isso, algumas coisas começaram a acontecer.
         Um exemplo? O telejornal. Num dia qualquer, eu assistia o jornal na Rede Globo, e só de ouvir as chamadas já senti uma dor no coração, foi uma atrás da outra. Após serem declarados os níveis das represas muito ruins, algumas notícias curiosas apareceram. Em uma delas, um salão de beleza realizou um "gato" e pegou água de outra residência para o uso do estabelecimento. Caixas d’água, com a reserva feita para momentos de torneira seca, viravam criadouro de dengue transbordantes. Para fechar com chave de ouro, a melhor: em um estado do norte do país, um homem invadiu uma creche que estava em férias e roubou água com uma mangueira, e, ali mesmo, na frente da creche, encheu sua piscininha inflável e ficou a tarde inteira se refrescando com água roubada.
          Bom, já deu pra ver que o ser humano chegou a um nível péssimo, mas não contei a outra parte, meu ponto de vista sobre tudo isso. Com o tempo, fiquei pensando sobre o lado péssimo da história, o lado apocalíptico. Tive algumas discussões engraçadas com amigos sobre como seria o mundo em colapso por falta de água: onde ficaríamos, o que faríamos, como agiríamos para sobreviver e tudo que você pode imaginar. Pode parecer loucura agora que as represas estão “melhorando”, mas ainda vejo essa possibilidade de apocalipse.
         No momento, tudo que nos resta é economizar, nada de cantar no banho ou banho de banheira. Cada um fazendo a sua parte, tudo pode melhorar. Pois, afinal, não queremos o ml de água a preço de dólar!